sábado, 14 de fevereiro de 2015

Insistência



Tentei. Juro que tentei.
Mas aqui estou, mais uma vez, presa nas minhas velhas manias.

Parada, em frente ao espelho, tentando entender quem sou...quem sou sem você! Vejo o contorno dos meus lábios, e lembro dos seus... Vejo o caminho de uma lágrima que escorreu pelo meu rosto, e parou próxima a minha boca. Lágrima fria... e sem ninguém para enxugá-las, além do tempo.
Sempre ouvi sim aqueles conselhos, “ele não te merece”, “você vai achar alguém melhor, com certeza”, mas e aí?

Acho que por mais que saibamos que não vale a pena, continuamos insistindo na mesma coisa várias vezes. Até quebrarmos a cara. Insistir no erro é o maior ato de teimosia de todos nós humanos. Sabemos que não devemos, mas mesmo assim, por qualquer razão que seja, tentamos mais uma vez... alimentando uma esperança quase inexistente.

Não sei dizer se sou eu, ou se o problema está em outro lugar. Me lembro de fazer tudo da maneira correta, tentei sempre ser o mais atenciosa e doce possível. Talvez a preocupação em ‘ser’, me impediu de ser aquilo que eu realmente era!

Sinto o toque dos seus lábios na minha pele, e peço para que não seja apenas uma lembrança. Assim como a sua voz, e o seu cheiro sempre perto de mim. Caso seja apenas uma lembrança, espero que elas nunca sejam esquecidas.


Porque só de sonhar com nós dois, é como se estivéssemos juntos... e no momento, é a única coisa que eu preciso. 

  Juliana de Oliveira